Deslocamento e ruptura

Rachael Thomas foi fundadora e diretora artística do primeiro Dublin Contemporary, evento de arte contemporânea internacional que ocorreu na Irlanda em 2011. Ela atuou como docente no National College Of Art & Design e como curadora-sênior do Irish Museum Of Modern Art; também trabalhou como curadora em bienais internacionais e em exposições de artistas importantes, como Sophie Calle. No livro Um dia como outro qualquer, Rachael Thomas analisa o trabalho Primeiro amor da artista brasileira Rivane Neuenschwander, em um texto que leva o mesmo nome da obra.

O ensaio crítico de Rachael Thomas explicita e aprofunda o diálogo entre duas obras de nome Primeiro amor: a de Rivane Neuenschwander, uma instalação colaborativa, e um conto de Samuel Beckett. Com a escolha do nome de sua obra, Rivane estabelece uma conexão com o trabalho desse dramaturgo e escritor irlandês. A curadora inicia o texto situando o leitor sobre as duas obras e, a partir disso, passa a explorar as relações estabelecidas entre ambas. Rachael fala do Primeiro amor de Samuel, para desenvolver sua interpretação sobre o de Rivane.

Compreendendo esse diálogo, o leitor da crítica se vê diante de uma abertura para novas interpretações e se depara com um maior alcance em relação ao trabalho da artista. Ao longo do texto, Rachael tece análises importantes sobre os vários deslocamentos presentes na produção de Rivane, além de citar outros trabalhos que operam por uma lógica parecida.

Maria Drummond



Primeiro Amor, Rivane Neuenschwander, 2014. Fonte: Galeria Tanya Bonakdar

THOMAS, Rachael. Primeiro amor. IN: FLOOD, Richard (Org.). Um dia como outro qualquer. Editora Cobogó, 2010. p. 34 – 40.

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